Julico (The Baggios) traz pluralidade e groove brasileiro no primeiro álbum solo, o conceitual ikê maré
A palavra que dá nome ao primeiro disco solo de Júlio Andrade (vocalista e guitarrista do The Baggios), ikê maré, só existe – ainda – no imaginário do músico sergipano. Representa o tempo, com seus ensinamentos e ciclos: o músico idealiza e reflete sobre isso cercado pela natureza, em frente ao mar, e ali se perde na finitude da existência. Ouça ikê maré aqui: https://album.link/ Ikê maré é, também, um estado de espírito, em constante transformação, a incessante busca por caminhos diversos na vida, conquistados a partir do conhecimento que o tempo oferece, pode ser pela arte ou pela convivência humana. O conceito reverbera em música, entre 13 faixas, com a fusão do soul, do funk e psicodelismo da música brasileira. Uma fusão de vários ritmos e etnias e ikê maré é, mesmo, plural – tem também baião, desert blues e música folk. A verve da música brasileira setentista dá o tom ao disco, explorando o swing e o groove. Aqui, Julico explora mais refrões do que versos. “Minha necessidade com a música foi justamente fazer algo mais segmentado neste sentido, com um conceito amarrado das temáticas e das texturas. As músicas se complementam”, comenta Julico. A pluralidade de ikê maré também se encontra nas letras, que transbordam em palavras dóceis, de resistência, mas também de alerta, às vezes acidas e viscerais. Julio Andrade – Fundador do The Baggios, compositor, produtor musical, Julico é de São Cristóvão, cidade histórica de Sergipe. Com a renomada banda de blues rock, compôs e produziu os premiados “Brutown” (2016) e “Vulcão” (2018) – indicados ao Grammy Latino na categoria melhor álbum de rock ou música alternativa, com os quais fez turnês extensas por todo o Brasil, EUA, Canadá, México e Europa. Julico tem composições indicadas a “melhores músicas/discos do ano” em 2011, 2013, 2016 e 2018 por jornalistas da Rolling Stone, Folha de São Paulo, Estadão, e em dezenas de sites e blogs especializados. Além disso, suas músicas já passaram pelas vozes de artistas importantes da cena contemporânea brasileira como Hélio Flanders, Baiana System, Céu, Fernando Catatau e Jorge Dupeixe (Nação Zumbi). |