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[RESENHA] BLIZZCON | O que esperar de ‘WARCRAFT III: REFORGED’

Com tantas controvérsias envolvendo a BlizzCon 2018 e alguns dos anúncios da Blizzard – em especial, as novidades sobre o futuro da franquia ‘Diablo’ [falamos sobre isso em outra matéria] – a remasterização do clássico Warcraft III surge como um dos pontos altos do evento.

 

 

Para a tristeza de quem estava assistindo a transmissão online, ao contrário do que ocorreu com World of Warcraft: Classic’, com versão de teste disponibilizada para download por todos os que compraram o ingresso virtual, apenas os fãs presentes na arena puderam jogar uma versão de demonstração ainda bastante incompleta, mas que já dá indícios do que vem pela frente.

 

 

As novidades anunciadas para o jogo são:

 

  • Modelos e animações completamente refeitos e redesenhados;
  • Cinemáticas completamente refeitas e redesenhadas;
  • Novas vozes;
  • Campanhas e mapas remasterizados;
  • Interface do usuário e Editor de Mundos aprimorados;
  • Lançamentos contínuos de novos conteúdos no futuro;
  • Todo o jogo em resolução 4K;

Não se trata de uma continuação de Warcraft III, e não haverá modificação na história. As campanhas serão as mesmas do jogo original.

 

Primeiras impressões

 

 

O coração quase desistiu de bater quando a cinemática encheu a tela, com toda a perfeição que se pode esperar da Blizzard. Depois de relembrar, em ultra HD, a chegada da Legião Flamejante a Azeroth, chegou a hora de ver o jogo em si.

Apenas uma fase da primeira campanha dos humanos em Warcraft: Reign of Chaos [em que o jogador chega à cidade de Stratholme e precisa eliminar os camponeses contaminados por Mal’Ganis antes que eles se transformem em servos mortos-vivos do Flagelo] está disponível para jogar na versão de demonstração e nenhuma unidade dos elfos noturnos foi revelada. Apesar de não ser possível jogar com os orcs, eles aparecem no trailer de jogabilidade.

 

 

Confesso que de cara não gostei muito da nova identidade visual e não consegui deixar de notar como o Arthas ficou parecido com uma mistura entre Sebastian Bach, ex-vocalista da banda Skid Row e do príncipe Encantado de Shrek.

A Blizzard fez questão de enfatizar que o jogo ainda é um ‘trabalho em andamento’ e que ‘nenhuma arte está 100% definida’, então não há motivo para pânico, mas os modelos não me pareceram muito ‘warcraftianos e as texturas ficaram mais realistas – principalmente metais e couros – do que o visual original mais ‘cartunesco’, característico da franquia [que eu, particularmente, adoro]. Ficou aparente uma certa inconsistência em relação à direção de arte do jogo. Enquanto alguns modelos, como footmen e knights, apresentam designs realistas de rosto, texturas e, até certo ponto, proporções; outros modelos, como as barracks, parecem mais cartunescos.

 

 

 

Este é mais um comentário que uma crítica, mas acredito que vale a pena apontar que algumas unidades estão um tanto difíceis de reconhecer à primeira vista e bastante diferentes do jogo original, perdendo suas identidades visuais características. Para aqueles que estão habituados com a aparência dos personagens, se perde um pouco a noção de quem é quem.

É difícil de explicar. Isso está relacionado com o jogador poder identificar rapidamente uma unidade e relacionar aquela unidade com suas funções básicas [algo como seu oponente iniciar um ataque e você ter dificuldade para determinar quantas unidades, e de que tipo, estão se aproximando da sua base para poder se defender]. Com tempo de jogo, claro, os novos designs se tornarão mais familiares e isso deixará de ser um problema.

 

 

Preciso dizer que o jogo parece, definitivamente, incrível. Muito, muito, muito incrível!

 

 

As animações estão simplesmente magníficas, e ainda nem são as versões finais! Mesmo coisas simples como a forma como as unidades caminham, atacam, ‘castam’ magias e morrem, tudo está deliciosamente fluido, natural e crível. Isso vale para TODOS os personagens, sem exceção. [mas não pude evitar ir à loucura com as animações do Dreadlord, em particular S2]

 

 

A apresentação dos modelos dentro do jogo me surpreendeu positivamente [aqui entramos num ponto que, basicamente, contradiz muito do que apontei acima… basicamente, levei um ‘cala a boca’ da Blizzard]. Depois de assistir vídeos de outros jogadores e visitantes da BlizzCon, comecei a compreender melhor os diferentes aspectos da identidade visual e, confesso, a gostar muito mais dela.

 

 

Se considerarmos a visão isométrica (ângulo em que unidades e construções são exibidos), distância da câmera e a quantidade de itens exibidos na tela, percebi que a direção de arte do jogo funciona maravilhosamente bem e faz sentido! Os modelos estão muito bonitos, as texturas estão ótimas e as animações unem tudo em um conjunto que agrada aos olhos.

 

 

Se eu ainda preferiria uma abordagem mais cartunesca, com modelos que lembrassem mais a identidade visual do jogo original? Sem dúvidas! Ainda assim, o resultado apresentado na BlizzCon está muito longe de ser ruim.

Do pouco que foi revelado sobre o jogo, um dos meus aspectos favoritos é a nova interface, mais simples e discreta que a original – que ocupava praticamente metade da tela. Algumas informações parecem um pouco pequenas e não favorecem a leitura, principalmente a parte em que são exibidas as unidades selecionadas. Mesmo assim, é preciso reconhecer que houve uma melhora muito positiva.

 

 

Sem data prevista para lançamento, WARCRAFT III: REFORGED deve chegar aos computadores em algum momento de 2019, mas já está disponível para pré-venda na loja do site da Blizzard.

Aida Mori

It’s me, Mori_A! Colunista de um pouco de tudo. Apaixonada por música, literatura, videogames, cinema e gatos. Provavelmente velha demais pra essa maluquice. Escorpiana, paulista, millenial, nerd, taróloga, mãe de gatos.

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