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Cemetery Skyline e a nova onda gótica

Conheça o novo supergrupo nórdico de rock gótico que fará sua primeira apresentação no Brasil

Texto por Mateus Marcatto

Cemetery Skyline. Uma banda que surgiu das noites sem fim da Escandinávia. Formada em algum momento de 2020, a partir da ideia de “criar música dark atemporal em homenagem aos maiores influenciadores da nossa geração”, como declara a banda.

Esta colaboração nórdica nasceu com o plano de criar algo inédito e diferente de todas as músicas que os membros da banda já fizeram. Uma combinação única de riffs pesados ​​e emoções embaladas em um contexto criativo sombrio e profundo. Você pode chamar isso de rock gótico, rock escuro ou até mesmo heavy metal. “Nós simplesmente chamamos de gótico nórdico”, diz seus membros.

O grupo é por composto por membros da realeza do metal europeu: Mikael Stanne (Dark Tranquillity, The Halo Effect, Grand Cadaver) nos vocais, Markus Vanhala (Insomnium, Omnium Gatherum, I Am The Night Horde) nas guitarras, Santeri Kallio (Amorphis) no teclado, Victor Brandt (Dimmu Borgir, Witchery, ex-Entombed, ex-Satyricon) no baixo e Vesa Ranta (Sentenced, The Abbey) na bateria.

 COMO TUDO COMEÇOU

Em fevereiro de 2024, o festival de música finlandês John Smith Rock Festival anunciou uma banda misteriosa no lineup, e no decorrer de março o perfil oficial da banda foi revelando cada um dos membros que integrariam o projeto recém-anunciado. Mas tudo isso começou por volta de 2018, em meio a uma turnê do Amorphis e Omnium Gatherum nos EUA, numa conversava entre Markus e Santeri, amigos de longa data que cresceram na mesma cena musical de Helsinki.

Fortemente influenciados por bandas como Type O Negative, Killing Joke e Sisters Of Mercy, a dupla de compositores estava trabalhando em demos para o projeto, e numa escolha em quem seria a voz que daria vida as composições, eles resolveram convidar o exímio vocalista sueco Mikael Stanne da banda Dark Tranquility, de GOTHemburg. E este, consequentemente, indicou outro sueco para a vaga de baixista, Victor Brandt do Dimmu Borgir. Bom, só faltando o baterista, eis que surge a ideia de chamar alguém com conhecimento de causa, Vesa Ranta, que tocou na banda finlandesa de gothic metal Sentenced de 1989 até o final do grupo em 2005. 

OS SINGLES, O SHOW DE ESTREIA E O ÁLBUM “NORDIC GOTHIC” 

Em abril de 2024, a banda lança seu primeiro single “Violent Storm”, com um videoclipe num antigo cemitério na qual a banda se encontra pela primeira vez pessoalmente. A letra é sobre uma frustração acumulada e como ela pode sair do controle, o sentimento de impotência e como ele pode tomar conta.

“In Darkness” é o segundo single lançado em maio do mesmo ano, e rapidamente ganha os holofotes com um mais um videoclipe, produzido pelo renomado diretor sueco Patrick Ullaeus.

“É uma música sobre perder o senso de si mesmo em meio a todo tipo de miséria e dúvida”, diz Mikael Stane sobre a letra da música, enquanto Sande Kallio esclarece a música: “Gosto de pensar que as pessoas sentem a melodia e a vibe com esta. Ela me leva de volta a uma discoteca gótica em Düsseldorf em 96. Há muita fumaça, muitas luzes, boas melodias, uma batida agradável e constante”. Markus Vanhala acrescenta: “Depois do primeiro single, ela mostra um lado diferente do gótico. Góticos gostam de dançar… na escuridão. Dançando consigo mesmo, como Billy Idol disse uma vez, e tinha razão”.

Em junho, o terceiro single é revelado, “The Coldest Heart”. É uma homenagem óbvia ao Type O Negative, com uma introdução de baixo ao estilo Peter Steele num andamento mais arrastado e pesado. Mikael Stanne diz sobre a letra: “Esta música lida com a necessidade infinita de validação e o desespero equivocado. É baseada em algumas experiências dramáticas que tive recentemente e que terminaram em encarceramento. Ela expressa sua escuridão em todo o seu esplendor sem amor”.

A banda debutou oficialmente ao vivo antes mesmo do álbum ser lançado. O show ocorreu no dia 18 de julho de 2024 no John Smith Rock Festival na Finlândia, sendo uma das atrações mais aguardadas pelo público, sendo possível testemunhar tudo isso no clipe da música “Torn Away”, que mostra toda a preparação da banda, dos três dias de ensaio até o momento do show.

Em outubro de 2024, Mikael, Markus e Santeri estavam reunidos em uma turnê nos EUA com suas respectivas bandas, então aproveitaram a oportunidade para fazer uma listening party surpresa do novo álbum, no lendário bar Duff’s em Nova York, praticamente um dia antes do lançamento oficial, que foi no dia 11 de outubro.

 Nordic Gothic então vem ao mundo, com 10 faixas carregadas de nostálgia mas com identidade própria da banda. O álbum alcançou o número #1 nas paradas finlandesas em vendas físicas, e só aumentou a popularidade da banda no país, a ponto de serem indicados ao EMMA GAALA (Grammy Finlandês) nas categorias “Best Rock” e “Best Artist” por voto popular.

A CHEGADA NA AMÉRICA LATINA

Com todos os shows esgotados na Finlândia, dezenas de shows confirmados em festivais no circuito europeu, e uma apresentação no festival Prog Power nos EUA, era só uma questão de tempo e logística para que o grupo conseguisse seus primeiros shows na América Latina. Eis que em abril desse ano foram anunciadas duas datas no México e uma na Colômbia, o que já deixaram os fãs brasileiros em alerta, marcando o nome das produtoras e comentando “Come to Brazil!” numa esperança de uma data no país. E o pedido foi realizado!

Foram adicionados uma data no Chile, duas na Argentina e o show final da turnê em São Paulo no icônico Hangar 110, produzidos pela Overload e Till Dawn They Count. Certamente uma oportunidade única para os fãs presenciarem lendas do metal nórdico, reunidos em uma banda.

Todas as informações sobre o show no Brasil está aqui

 

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